terça-feira, 5 de agosto de 2008

Índias



Existe uma mulher que ainda é livre no mundo.
Essa mulher é a índia.
É a única mulher que ainda não se perdeu na neurose de ser a mais bonita, a mais atraente, a mais sexy , a com melhor vida sexual, a mais gostosa, a mais desejada , a mais qualquer coisa.
Elas apenas vivem, e expõem seus corpos livremente, corpos estes anos-luz longe de serem o corpo de uma Jessica Alba, e por isso mesmo tão perfeitos. Vivem sua naturalidade plenamente, sem qualquer malícia, sem qualquer competição débil e invejosa por um macho . Apenas vivem. Suas pinturas , seus cabelos, estão mais atrelados a uma tradição tribal do que a um intuito de atrair o sexo oposto.
Porque as índias, que não foram corruptas pela brutalidade da cultura ocidental, sabem que , antes de serem objetos sexuais masculinos , elas são MULHERES. Mulheres que devem participar da sociedade, que devem expressar suas opiniões na comunidade em que vivem , trabalhar, viver em coletivo , INFORMAREM-SE A RESPEITO DE TUDO QUE PUDEREM , e não viverem presas a um mundinho fútil e infeliz em que os assuntos giram a respeito do cara que elas vão pegar ou já pegaram, da chapinha que vão fazer ou já fizeram , da menina bonita da sala ou da menina ridícula da sala.
Todas as mulheres ocidentais deveriam nesse momento tomar vergonha na cara e verem o quanto são ridículas, o quanto são imersas em inveja , competição e desespero. O quanto saem de casa desesperadas para serem notadas pelos outros homens, mas, principalmente , pelas outras mulheres. Enfim, o quanto são medíocres e cegas, pois não enxergam o quanto estão presas às suas próprias vaidades, próprios desesperos, ganâncias e narcisismos.

Existe uma mulher que ainda é livre no mundo.
Essa mulher é a índia.